A segurança pública é um tema de enorme relevância para a sociedade. E também, de grande complexidade. Muitos fatores impactam nos resultados e muitas são as ações e projetos que o órgão governamental precisa gerenciar para garantir uma política de segurança pública eficiente.
Nesse sentido, a gestão estratégica pode ser uma importante aliada para garantir mais efetividade, sobretudo na prática. Quer entender porque e como isso é possível? Continue a leitura:
O que você vai encontrar neste blog:
ToggleGestão estratégica em segurança pública
Destrinchando o conceito, a Gestão estratégica nada mais é que o gerenciamento consciente e bem elaborado de todos os recursos de uma organização (humanos, financeiros, físicos, etc) para a conquista de objetivos e o cumprimento de metas.
Pensando especificamente em um processo de gestão com o objetivo de aumentar a efetividade de políticas de segurança pública, entende-se que o processo todo se inicia com um diagnóstico da situação atual, seguida de um planejamento estratégico que aponte – além das falhas e potencialidades do sistema de segurança – os caminhos para a sua melhoria.
O diagnóstico, feito sob a ótica dos diferentes agentes envolvidos na promoção da segurança pública, tende a apontar falhas com mais clareza e, ainda, a apresentar possíveis soluções com mais facilidade.
Assim, têm-se a base para elaborar um planejamento estratégico que seja realmente condizente com a realidade prática da situação da segurança no espaço público. Ou seja, um documento sólido e que apresente, dentre outros fatores:
● formas de reduzir os riscos a que a sociedade está exposta;
● a definição do uso e alocação de recursos;
● os impactos sociais da aplicação de políticas públicas de segurança;
● E formas de manter o equilíbrio entre produtividade, custo e benefício nas operações.
Com o plano pronto, são definidos os indicadores de sucesso e sua rotina de acompanhamento – fator primordial para garantir que os resultados planejados sejam alcançados de fato.
O ponto de partida para desenvolver um plano e implementar a gestão estratégica na segurança pública de um município, estado ou país, passa pela estruturação de uma cultura de resultados.
Programa de Metas – Gestão dos indicadores públicos
Normalmente, o planejamento estratégico abrange um período de 4 anos é apresentado publicamente no formato de um Programa de Metas, antes do mandato do Poder Executivo se iniciar, com a intenção de materializar, dar publicidade e permitir o controle social de sua agenda governamental. Vale ressaltar que o Programa de Metas não se limita à área de segurança, mas abrange todas as vertentes da administração pública.
Em função da complexidade do Programa e o grande volume de indicadores a serem monitorados, é importante desenvolver um minucioso plano de ação, baseado em projetos que se desdobram em ações táticas e operacionais. Isso torna mais fácil a assimilação dos objetivos pelos funcionários públicos, além das práticas sugeridas no Programa, que vão direcionar toda a equipe a obter uma resposta mais rápida e eficiente às ações propostas.
Atualmente, o Programa de Metas é obrigatório em algumas cidades do Brasil; São Paulo foi uma das pioneiras a instituir esta ferramenta de gestão e controle social. Mas, já existe um Projeto de Emenda Constitucional para tornar essa medida obrigatória em todos os governos municipais, estaduais e federal, a PEC 10/2011.
Mais transparência na gestão pública da segurança
Voltando ao tema da Segurança Pública, o plano em questão pode incluir ações integradas com outras áreas (como educação, desenvolvimento humano), no sentido de contribuir para a prevenção e controle qualificado do crime e estabelecendo metas para a redução da incidência dos Indicadores Estratégicos de Criminalidade.
Além disso, são diversas organizações envolvidas no mesmo planejamento, tais como: Polícia Civil, Polícia Militar e a própria Secretaria de Segurança.
Para manter o controle de um Programa tão importante e extenso, que possui grande volume de indicadores e intercessão com diversas organizações, é fundamental ter um sistema que automatize a gestão, tanto dos indicadores, quanto dos projetos, ações e desempenho dos colaboradores.
Contando com um software que controla automaticamente o alcance das metas propostas, o desenvolvimento dos projetos planejados, os custos envolvidos e o desempenho dos agentes colaboradores, o órgão governamental consegue otimizar os recursos disponíveis, fazer uso compartilhado de informações, desenvolver estratégias de integração e cooperação regionais e, principalmente, dar mais transparência ao seu governo.
Ter um sistema que controla o atingimento de metas e o cumprimento do plano de ação planejado, permite que o órgão governamental crie um pacto com a sociedade, onde os indicadores e as metas são publicados de forma transparente e clara, ou seja, de forma que qualquer pessoa possa entender. Assim, os cidadãos têm a oportunidade de acompanhar e cobrar pelo cumprimento do que foi planejado. Isso faz com que as pessoas se aproximem da gestão, gerando mais confiança e trazendo – inevitavelmente – mais retorno para a população.
Além disso, o plano estratégico para a segurança pública precisa transcender a política e seguir além dos governos, pois trata-se de um plano de longo prazo. Afinal, estamos falando de mudanças estruturais, que são realizadas lentamente.
Quer entender como um sistema de gestão estratégicapode impactar positivamente na administração pública? Fale conosco!