Executivos de grandes empresas do mercado de luxo estão reunidos até amanhã (10/11/2011) em São Paulo, para o 11ª Hot Luxury, evento que discute as tendências do setor. E o mais interessante é que o Brasil não está no roteiro da conferência por acaso. Como menciona reportagem divulgada pelo Portal Época Negócios, a jornalista Susy Menkes, apontada na matéria como mentora do evento, considera que o Brasil tem muito a ensinar ao mercado de luxo global.
E um dos aspectos que justificam a análise da jornalista é a qualidade do serviço brasileiro. “Me questiono sobre o que faz as pessoas comprarem e pagarem duas, até três vezes mais por um produto que podem comprar na França por muito menos. E a resposta é serviço. Fico impressionada com o serviço no Brasil. Aonde quer que você vá, há sempre alguém muito disposto a atender, uma atitude muito diferente do esnobismo que se nota em alguns outros lugares”, menciona Susy Menkes na reportagem do Época Negócios.
Para ela, o artesanato é outra boa porta de destaque internacional para o Brasil, já que as marcas tradicionais estão cada vez mais associando sua produção ao conceito de “fazer a mão”, aliado a rentabilidade dos produtos para consumo de massa. Ainda de acordo com a reportagem, a jornalista acredita que, dentro de 20 anos, o artesanato representará boa parte do mercado de luxo.
Na avaliação de Susy Menkes, a entrada de grandes conglomerados de luxo no país para a geração de um maior volume de negócios ainda depende de mais entendimento das particularidades do mercado e da cultura brasileira. Mas já se percebe movimento do mercado nessa direção. E os números demonstram o potencial brasileiro. Como aponta a reportagem, o país já figura entre os maiores consumidores de luxo no mundo, atrás da China (que deve liderar o ranking, segundo pesquisas), Japão, Estados Unidos, França e Rússia. Além disso, nossa economia também já é a quinta maior economia do mundo, ultrapassando França e Reino Unido.
De acordo com pesquisa também citada pelo Época Negócios, os brasileiros gastaram R$ 15,7 bilhões em produtos de luxo no ano passado. Para este ano, projeta-se um crescimento de 20%. Em se tratando do contexto da América Latina, estima-se a existência de 400 milhões de consumidores de luxo.
Com informações de Época Negócios