O que você vai encontrar neste blog:
TogglePor que a comunicação é o elo perdido do planejamento estratégico
De acordo com a Harvard Business Review (2024), 95% dos colaboradores não entendem a estratégia de suas empresas. Esse dado evidencia que o problema não está apenas na formulação da estratégia, mas principalmente em como ela é comunicada e traduzida para a realidade das equipes.
Em muitas organizações, o planejamento estratégico permanece restrito ao board ou aos níveis de liderança, sem um esforço estruturado para desdobrar mensagens claras, consistentes e adaptadas a diferentes públicos internos. O resultado é uma estratégia que parece distante, pouco compreendida e, portanto, dificilmente executada.
A comunicação estratégica deve ser vista como uma ponte entre intenção e ação. Isso envolve mais do que apresentações pontuais: requer narrativas consistentes, métricas visuais e rituais de acompanhamento que mantenham o tema vivo na rotina. Ferramentas como dashboards e relatórios executivos simplificados ajudam a reduzir a complexidade e reforçar mensagens-chave. Mais do que informar, é necessário engajar, criando entendimento compartilhado e senso de propósito coletivo.
Sem esse cuidado, a estratégia corre o risco de se transformar em um documento bonito, mas ineficaz. Com comunicação bem estruturada, porém, ela se converte em um guia prático capaz de alinhar esforços em todos os níveis da organização.
Conecte estratégia, tática e operação com nosso guia prático para líderes.
O que o board espera em uma apresentação de planejamento estratégico
Um board não busca apenas informações, mas clareza nas escolhas estratégicas e nos trade-offs que a organização está disposta a assumir. É fundamental destacar indicadores de valor, que mostrem impacto real nos resultados do negócio, em vez de se limitar a métricas de esforço ou de atividade. Da mesma forma, o board espera uma visão transparente sobre riscos críticos e suas estratégias de mitigação, pois a tomada de decisão exige consciência dos possíveis obstáculos. Por fim, um ponto essencial é a apresentação de planos de execução com accountability bem definido, deixando claro quem será responsável por cada frente e como o progresso será acompanhado ao longo do tempo.
- Clareza em escolhas e trade-offs.
- Indicadores de valor.
- Riscos críticos e e um plano de mitigação.
- Planos de execução com accountability.
Como estruturar um deck de planejamento estratégico para o board
Um deck eficaz para o board deve ser objetivo, mas, ao mesmo tempo, completo o suficiente para oferecer visão clara das escolhas estratégicas. A recomendação é que tenha entre 15 e 20 páginas, organizadas em uma narrativa lógica que permita compreender não apenas o plano, mas também o raciocínio por trás dele.
O ponto de partida é uma mensagem-chave resumida em uma única página, trazendo o propósito central, as principais escolhas estratégicas, as métricas de sucesso e os riscos mais relevantes. Em seguida, é importante incluir uma narrativa de alternativas, mostrando o que foi considerado e descartado. Esse movimento dá transparência ao processo e aumenta a confiança do board nas decisões tomadas.
Na sequência, o deck deve apresentar o mapa estratégico e o Balanced Scorecard, sintetizando prioridades em diferentes perspectivas, seguido pelos OKRs e portfólio de iniciativas que traduzem essas prioridades em ações concretas. Para equilibrar ambição e realismo, é essencial detalhar também os riscos críticos e os planos de mitigação, de modo que o board entenda como a organização se prepara para lidar com incertezas.
Por fim, o material precisa deixar claro o plano de reviews, especificando cadências de acompanhamento e mecanismos de replanejamento. Isso demonstra disciplina de execução e garante que o planejamento estratégico não será estático, mas ajustado continuamente conforme o contexto evolui.
Conecte estratégia, tática e operação com nosso guia prático para líderes.
- Mensagem-chave com propósito, escolhas, métricas e riscos em 1 página.
- Narrativa de alternativas com o que foi considerado e descartado.
- Mapa estratégico + BSC.
- OKRs e portfólio.
- Riscos e mitigação.
- Plano de reviews com cadências e replanejamento.
Como engajar a organização no planejamento estratégico além do board
Um erro comum é tratar o planejamento estratégico como um documento exclusivo do board, quando, na prática, sua efetividade depende de engajar toda a organização. Para isso, é essencial adaptar a narrativa ao nível da audiência, enquanto a alta liderança precisa de uma visão integrada e comparativa de cenários, as equipes operacionais necessitam de mensagens objetivas que mostrem como suas atividades contribuem para o resultado final.
Outro ponto crítico é reforçar constantemente o propósito e o “porquê” das escolhas estratégicas. Sem esse contexto, as metas correm o risco de parecer ordens distantes, desconectadas da realidade diária dos colaboradores. Narrativas que explicam não apenas o que precisa ser feito, mas principalmente por que e com qual impacto esperado, são as que criam senso de pertencimento.
O uso de visualizações claras, como dashboards interativos, mapas estratégicos simplificados e infográficos, também é uma ferramenta poderosa para traduzir complexidade em clareza. Esses recursos facilitam a comunicação transversal e reduzem o risco de distorções na mensagem.
Por fim, o engajamento depende de conectar metas coletivas às rotinas locais. Isso significa transformar grandes objetivos estratégicos em práticas palpáveis para cada equipe, seja por meio de indicadores operacionais, seja por rituais de acompanhamento. Quando os colaboradores enxergam como sua rotina influencia o planejamento estratégico, a estratégia deixa de ser abstrata e passa a ser um guia prático de ação.
- Adapte a narrativa ao nível da audiência.
- Reforce propósito e “porque” das escolhas.
- Use visualizações claras com dashboards, mapas e infográficos.
- Conecte metas coletivas a rotinas locais.
O planejamento estratégico só existe quando é compreendido
A apresentação ao board é apenas o ponto de partida. Um planejamento estratégico não se sustenta se permanecer restrito à liderança. Ele só ganha vida quando é compreendido, internalizado e praticado em todos os níveis da organização. Isso significa transformar objetivos em mensagens claras, traduzir escolhas em prioridades visíveis e garantir que cada equipe entenda como suas entregas diárias conectam-se ao propósito maior da empresa.
Em outras palavras, o sucesso do planejamento estratégico não depende apenas de sua formulação, mas da capacidade da organização de torná-lo acessível, engajante e aplicável. Quando a estratégia é de fato compreendida, ela deixa de ser um exercício teórico e se converte em um motor de execução e aprendizado contínuo.
Conecte estratégia, tática e operação com nosso guia prático para líderes.
Próximos passos
Quer levar esse conhecimento para a realidade da sua empresa? Agende uma demonstração clicando aqui.







