Quando se fala em implementar gestão estratégica em uma organização, consequentemente está se falando também de mudança cultural na empresa ou órgão público. Se esse ponto não é levado em consideração e se não é bem planejado, a estratégia, que deveria ser o novo foco, passa a ser apenas uma maneira mais “colorida” de realizar as atividades. Para que a gestão estratégica faça diferença na empresa, é preciso estar aberto a mudanças estruturais e se preparar para que essas mudanças sejam parte da nova cultura organizacional.
Priscila Nogueira, diretora de alianças estratégicas da Stratec afirma que nenhuma estratégia pode ser bem sucedida se a organização não estiver preparada para implementá-la. Além disso, outro ponto comum nas empresas é que muitas estratégias que poderiam ser vencedoras, não saem do papel por dificuldade de fazer a organização mobilizar-se em torno da mesma.
“O reposicionamento estratégico para ser diferente requer mudanças significativas na forma de enxergar o negócio e o mercado”, diz Cássio Ramos, da Qualytool Consulting Group. Segundo ele, mudanças internas que têm início na base estratégica e cultural da organização.
Priscila acredita que obter resultados em ambientes difíceis e complexos é cada vez mais a rotina das organizações. Se a implementação da nova estratégia prevê mudança na forma de trabalhar da organização (sistemas, processos, competências), a mudança cultural deverá ser contemplada como um elemento fundamental para a obtenção do sucesso. “Mudanças culturais mal sucedidas geram o descrédito das lideranças, apatia organizacional, custo elevado, e posição competitiva fraca”, alerta.
Ramos, conta que o discurso hoje das empresas que querem sobreviver no mercado é que elas têm que ter um ou mais diferenciais em seu produto/serviço. “Se elas querem sobreviver apenas, eu concordo”, brinca. Ele explica que se a empresa quiser crescer e virar referência, o diferencial apenas não é suficiente, é preciso planejar e gerir estrategicamente. “Na verdade, grande parte dos diferenciais que insere-se nos produtos são crenças de algumas pessoas da empresa e não são tão importantes para o consumidor ou cliente final. Se forçarmos no que realmente importa ao cliente e melhorarmos significativamente estes atributos, haverá uma grande mudança no negócio e nos resultados”, diz. No entanto, ele alerta que esse tipo de mudança não é fácil, pois mexe com a cultura, com os processos e com a imagem da empresa.
Mas como obter as mudanças culturais necessárias para a implementação da estratégia? Ou como implementar a estratégia e gerar a mudança cultural necessária? É o que questiona Priscila. “O que vem primeiro? Ou o ovo e a galinha nascem juntos? Neste caso, sim. Uma boa estratégia deve deixar claro para todos os colaboradores qual é o destino da jornada. Também deve possuir planos claros de implantação. Estratégia sem planos não atinge todos os níveis da organização, as pessoas não sabem como colaborar para obtê-la. Sem saber como colaborar, não vão se mobilizar. Se não se mobilizam, não se comprometem”, ressalta.
Priscila acrescenta ainda que a satisfação dos colaboradores vem do alcance das metas. O comprometimento inicial, obtido através do desafio, da transparência, da clareza de propósitos, do suporte ao desempenho através de coaching e treinamento, do reforço positivo das lideranças, é reforçado quando as metas são atingidas. “Para isso, são necessários bons planos de ação, seguidos com disciplina. Nenhum truque de mágica, apenas gestão”, brinca.
O fato é que a gestão estratégica bem sucedida requer e proporciona mudanças culturais. As empresas que estiverem melhor preparadas para enfrentar tal situação, com certeza sairão na frente no mercado. “Sem isso, a estratégia será apenas um blue print de boas intenções”, alerta Priscila.
Para facilitar a adaptação dos colaboradores da organização ao novo modelo de gestão estratégica, é importante ter um sistema que organize as informações e facilite o acompanhamento dos indicadores e planos de ação. O Software Gestão Estratégica da Stratec oferece uma interface amigável e simples de usar, criando rápida identificação dos usuários com a ferramenta.