Conheça de que forma a área de Tecnologia da Informação deve ser inserida no planejamento estratégico de uma empresa.
Cada área tem suas atividades, jargões, indicadores e medidas próprias. Essas particularidades interferem no processo de gestão estratégica, bem como no controle e geração de resultados. Na área de tecnologia da informação, os serviços são atualizados e evoluem constantemente, e as empresas responsáveis por essa área devem garantir a prestação de serviços seguros e de alto padrão para os seus clientes, já que isso significa valor agregado em relação à concorrência. Cada vez mais as subáreas de TI precisam direcionar suas atividades com orientação para os negócios. Isso representa um desafio enorme para os gestores dessa área que têm que se especializar e aprender melhores práticas diariamente.
Sendo assim, a área de Tecnologia da Informação começa a procurar um enfoque estratégico de forma que possa melhorar a qualidade e segurança de seus serviços, e ao mesmo tempo, aumentar sua produtividade e reduzir os custos.
Carlos Perobelli, diretor executivo da 5A Consultoria, acredita que a gestão estratégica de TI é uma área suporte para a organização como um todo. Por isso, a empresa quando vai se planejar estrategicamente define as metas gerais da organização e a área de Tecnologia da Informação constrói projetos para dar suporte ao cumprimento das metas da empresa. De acordo com ele, as organizações precisam se estruturar com a ajuda da área de TI em três pontos cruciais: infraestrutura, comunicação e sistemas. Daí nasce o planejamento estratégico específico para essa área. “Cada área da empresa tem projetos de expansão e crescimento e precisam de sustentação para realizar seus objetivos. TI suporta essas áreas em infraestrutura para aplicação do negócio ou no desenvolvimento de softwares ou sistemas que automatizem os processos. A partir daí, o plano de ações de TI tem que ser ligado com o planejamento estratégico geral da empresa”, ressalta.
Perobelli reforça ainda, que o software módulo gestão estratégica da Stratec ajuda muito no acompanhamento desse planejamento e cumprimento de metas. “Tem gente no mercado que diz que tem planejamento estratégico, mas não conhece nenhum indicador. Fica com o planejamento na gaveta, sem monitorar. Isso não é planejar estrategicamente”, critica. Ele defende que o monitoramento das ações planejadas deve acontecer com frequência, de preferência semanalmente, como na 5A consultoria.
Segundo André Miranda diretor comercial da empresa IBS, as empresas precisam automatizar o processo de gestão estratégica para ter com mais clareza, a visão de como anda o seu negócio. “A ferramenta da Stratec auxilia na aplicação da metodologia da gestão estratégica, baseada no BSC. Isso ajuda a empresa a seguir o seu planejamento de acordo com os faróis indicadores que o sistema tem. Com isso, o gestor pode monitorar o planejamento diariamente, e de olho nos alertas, pode fazer mudança de planos e ações”, conta. Segundo ele, o planejamento automatizado ajuda a empresa a se aculturar e criar o hábito de monitorar suas ações. “O módulo permite inclusive monitorar os projetos da empresa”, ressalta.
Miranda conta que a IBS presta consultoria para diversas empresas, de grande e médio porte principalmente, e que por isso, quando o cliente opta por usar a ferramenta, ele já possui um conhecimento prévio de gestão. “Eu vendo o software para o cliente que já tem uma cultura de gestão, já passou por uma consultoria e quer automatizar esse processo para facilitar”, revela.
“Percebemos que as empresas ainda estão se organizando para trabalhar com planejamento estratégico”, afirma Perobelli. Segundo ele, os dirigentes empresariais brasileiros ainda têm dificuldades para trabalhar com metas, pois acreditam que as mesmas devem refletir em bônus, quando na verdade deveriam visar destaque no mercado, melhoria dos processos e retenção da equipe. “Se olharmos para o mercado brasileiro hoje, vemos que está mais evoluído que há 10 anos. Então espero que daqui há 10 anos estejamos bem mais evoluídos”, diz otimista.
Embora os recursos de TI estejam ganhando cada vez mais notoriedade na operação dos negócios, sendo inclusive atividade fundamental para diversos segmentos de mercado, o que se percebe é uma gestão ainda pouco desenvolvida desses recursos. As empresas que enxergarem a Tecnologia da Informação como parte de sua atividade estratégica sairão na frente em um mercado tão competitivo.