As pequenas e médias empresas (PMEs) devem colher benefícios diretos do aumento do salário mínimo, que passa a vigorar em 2012. A projeção é apresentada por reportagem do Exame.Com, com base em matéria da Agência Sebrae de Notícias. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentados na matéria, os 14% de aumento no valor do salário mínimo devem injetar R$ 47 bilhões de reais na economia brasileira.
O Dieese aponta, ainda, que há 48 milhões de brasileiros cuja renda é vinculada ao mínimo, o que aquece o ciclo de consumo. Na análise do economista do Dieese, Ilmar Ferreira, presente na reportagem do portal Exame, é grande a chance de que os R$ 77,00 reais extras sejam gastos em pequenos negócios. A alimentação promete ser um dos principais setores beneficiados, pois já consome cerca de 40% da renda de quem ganha perto do mínimo, de acordo com o especialista. “A propensão destes R$ 47 bilhões irem para o consumo é de quase 100%. Para quem ganha um, dois ou três salários mínimos, há muito pouco espaço para investimentos. Essas pessoas vão comprar perto de suas casas, para não terem de gastar com transportes”, afirma Ferreira na reportagem do Exame.Com.
Para o presidente do SEBRAE Nacional, Luiz Barretto, também ouvido na matéria, o aumento da renda é um incentivo natural à realização de negócios, mas também acirra a concorrência. Por isso,a orientação é de que os pequenos empresários se capacitem para aproveitar as possibilidades do bom momento econômico. “Aqueles empreendedores que buscam a inovação e uma gestão mais profissionalizada ampliam suas oportunidades”, analisa Barretto.
Com informações do Portal Exame