O início do ano de 2022 trouxe uma novidade que está impactando, até hoje, as empresas em todo o território nacional: a implementação da nova Norma Regulamentadora NR-01. E o que isso significa? Agora, as empresas têm a responsabilidade de adotar o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) como parte fundamental de suas estratégias de segurança e saúde do trabalho.
O objetivo dessa norma é claro: sistematizar a Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho, reduzindo os riscos e, consequentemente, os acidentes ocupacionais. Mas aqui está a diferença primordial: embora ambos os termos falem sobre “riscos”, há uma distinção importante entre eles.
Neste blog, você vai conferir tudo sobre a diferença entre os dois termos, como aplicar cada um e entender qual a melhor forma da empresa se adequar a essa nova realidade. Boa leitura!
O que você vai encontrar neste blog:
ToggleO que é GRO?
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) engloba um conjunto de práticas de gestão destinadas a garantir a saúde e segurança dos colaboradores em uma empresa.
Nesse caso, a prioridade do GRO é, sobretudo, adotar medidas para identificar, avaliar e prevenir acidentes e doenças relacionadas a agentes presentes no ambiente de trabalho ou às atividades profissionais.
Esse modelo busca identificar, avaliar, eliminar ou reduzir os riscos presentes no local de trabalho, visando criar um ambiente seguro e saudável. Além disso, por meio dessas ações, busca-se garantir um ambiente de trabalho que promova a qualidade de vida e o bem-estar dos trabalhadores, aumentando a sensação de segurança e conforto.
Quais as características do GRO?
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é baseado no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act), que traduzindo para português, significa: planejar, executar, verificar e agir. Agora, vamos entender como funciona esse processo no GRO:
A primeira fase consiste em fazer o planejamento, é importante identificar e avaliar os riscos ocupacionais, definindo medidas de controle, como a seleção adequada de equipamentos, implementação de procedimentos de emergência e treinamento necessário.
Já na segunda etapa (execução), são implementados os processos conforme planejado no estágio anterior, dando vida às ações definidas no plano de ação do GRO.
A terceira fase (verificação) envolve o monitoramento e medição do desempenho, garantindo que o plano esteja funcionando efetivamente. Isso ajuda a identificar problemas e entender as mudanças necessárias para resolvê-los.
Por fim, na última etapa, é essencial agir para melhorar continuamente a saúde e segurança no trabalho, ajustando as ações que não estão atingindo o desempenho esperado e identificando possíveis melhorias.
Como você pode perceber, o ciclo PDCA é fundamental para a gestão de saúde e segurança ocupacional em larga escala e pode ser incorporado ao gerenciamento diário para promover um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
O que é PGR?
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma documentação que apoia o ciclo PDCA que mencionamos anteriormente, e tem como objetivo consolidar as informações e ações necessárias para prevenir doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores.
Além disso, o PGR inclui um inventário de riscos ocupacionais, plano de ação e acompanhamento contínuo. No entanto, ele não deve ser visto apenas como um documento, pois também pode ser atendido por meio de um sistema de gestão.
O propósito do PGR é reconhecer, avaliar e propor medidas que visem prevenir doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e reduzir danos à saúde e integridade física dos trabalhadores. Isso envolve análises de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, assim como medidas de preparação para emergências.
É importante lembrar que essas ações devem ser planejadas, desenvolvidas e implementadas em cada estabelecimento, sendo responsabilidade do empregador e com a participação essencial dos colaboradores para garantir a eficácia do processo.
Qual a estrutura do PGR?
Para atender às exigências do PGR, são necessários dois elementos essenciais:
- Inventário de Riscos: O inventário de riscos é um documento que compila todas as funções e atividades dos trabalhadores dentro da empresa. Ele descreve detalhadamente o ambiente de trabalho, incluindo máquinas, mobiliário e espaços. Além disso, o inventário identifica todos os riscos aos quais os funcionários estão expostos, apresentando uma descrição clara de cada um deles com base em uma avaliação de riscos abrangente.
- Plano de Ação: O plano de ação vai além de identificar o que deve ser implementado; ele também lista as ações que já foram realizadas e assegura que a manutenção adequada está sendo realizada. O plano de ação é um documento que descreve as medidas específicas a serem tomadas para mitigar os riscos identificados no inventário. Ele inclui a definição de responsabilidades, prazos, recursos necessários e estratégias para garantir a implementação efetiva das ações de controle de riscos.
Esses dois elementos, o inventário de riscos e o plano de ação, são essenciais para um Programa de Gerenciamento de Riscos eficaz, fornecendo uma base sólida para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, bem como para a manutenção contínua da segurança e saúde dos trabalhadores.
Qual a diferença do GRO e do PGR?
O GRO é a visão macro da gestão de saúde e segurança do trabalho, ele trata de todo a parte do gerenciamento de riscos ocupacionais, já o PGR é apenas um dos programas incluídos nesse quadro geral, que estabelece planos de ação para minimizar os riscos.
Portanto, a diferença básica entre os dois termos está na abrangência. Afinal, para implementar o GRO, é necessário ir além do PGR, adotando também outros programas, laudos e normas regulamentadoras específicas para o ramo de atividade da empresa. É um grande desafio, mas que traz enormes benefícios.
Investir na segurança e saúde dos colaboradores é investir no sucesso da empresa. Além de garantir um ambiente de trabalho mais seguro, a implantação do GRO e do PGR traz vantagens como redução de custos com acidentes e afastamentos, aumento da produtividade e melhoria da imagem da empresa perante os clientes e a sociedade.
O que acontece se sua empresa não estiver em conformidade com as normas da NR1?
O não cumprimento das normas estabelecidas pode gerar graves consequências para as empresas. A NR1, que define a aplicação das demais normas regulamentadoras, estabelece que é dever do empregador obedecer às disposições legais relacionadas à segurança e saúde no trabalho. Nesse sentido, o cumprimento das NRs não é opcional.
Caso uma empresa não esteja de acordo com as disposições legais da NR específica para o seu setor, ela pode sofrer punições por parte do Ministério do Trabalho. Essas punições podem incluir multas, interdição ou embargo da obra ou estabelecimento, assim como a responsabilidade por pagar pela insalubridade e possíveis perigos das atividades.
No caso de acidentes de trabalho com lesões corporais, o empregador é responsável por todas as despesas do tratamento médico. Além disso, deve garantir a estabilidade provisória do colaborador, assumir a responsabilidade por danos estéticos e, se necessário, pagar uma pensão vitalícia.
Por isso, é fundamental que as empresas estejam em conformidade com as normas regulamentadoras para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. E, além disso, evitar sanções legais e custos adicionais decorrentes de acidentes de trabalho.
Como a tecnologia pode te ajudar na implementação dessas ferramentas?
Dada a necessidade de integração entre diferentes áreas, é essencial sistematizar os dados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Para isso, o uso de ferramentas de acompanhamento de indicadores de segurança se torna obrigatório, uma vez que otimiza os processos internos da empresa.
Aplicar um software de gestão capaz de integrar e organizar as informações oferecerá mais recursos para o GRO e ajuda na implementação efetiva do PGR. Isso proporcionará uma base sólida para a gestão eficaz dos riscos ocupacionais, garantindo a segurança e a saúde dos colaboradores. Por isso, te recomendamos a usar o Belt.
Além disso, com o Belt, será possível identificar, de forma mais precisa, os riscos envolvidos em cada atividade. Como consequência, isso permite a criação de planos de mitigação mais assertivos e a adoção de controles mais eficazes.
Como você já pode perceber, essa combinação entre tecnologia e gestão de riscos pode trazer grandes benefícios para sua empresa.
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