Conheça os modelos de decisão organizacional e identifique qual é o padrão ideal para o seu ambiente de trabalho
O contexto atual vivido por grande parte das empresas, considerando o aspecto econômico, político e social, é composto por um ambiente globalizado, com concorrência acirrada e atualização tecnológica constante. Isso faz com que os profissionais tenham que tomar decisões mais assertivas em um curto espaço de tempo. Sendo assim, é cada vez mais necessário entender e estabelecer modelos de decisão organizacionais que apresentem melhor usabilidade de técnicas e regras.
O especialista em modelos de decisão Chun Wei Choo, mestre em Engenharia pela Universidade de Cambridge e em Sistemas de Informação pela London School of Economics, afirma que que o processo decisório é um conjunto de ações e fatores que têm início a partir da identificação de um estímulo e que se finaliza com o compromisso específico para a ação.
Choo propõe três modelos de tomada de decisão nas organizações. O modelo racional, que valoriza o planejamento, o modelo de processo organizacional que prioriza a execução e o tratamento de crises e o modelo burocrático político, que foca no teste de novas decisões baseadas nas relações políticas dos envolvidos.
Segundo Priscila Nogueira, diretora de alianças estratégicas da Stratec, não existe um modelo decisório ideal. Cada modelo traz aspectos positivos e negativos, e reflete o momento e a cultura da organização.
No modelo racional, a tomada de decisão acontece devido a um problema e é orientado por objetivos, sendo que o a escolha sobre o que fazer normalmente é regulada por normas e rotinas já enraizadas na empresa, tornando a ação e a decisão intencionalmente racionais. Priscila complementa dizendo que este modelo é o ideal quando a organização está no momento de planejar, de avaliar diferentes rumos e ações. “Vários modelos matemáticos e estatísticos podem apoiar o processo racional, visando a maximização ou otimização de capital e seu retorno. A tomada de decisão torna-se, dessa forma, baseada em fatos e dados, com regras previamente definidas, e os planos de ação são construídos para executar a decisão e disseminá-la dentro da organização”, diz. A diretora de alianças estratégicas ressalta ainda que, associada aos fatos e dados, a organização levará em consideração sua cultura e valores. “Assim, entendo que o modelo racional pode funcionar muito bem num momento de planejamento. No entanto, nem tudo pode ser planejado pela organização. No dia a dia surgem situações que precisam de novas informações, de novas avaliações, antes da tomada de decisão”, comenta.
No modelo processual, a tomada de decisão passa por três fases, a de identificação, quando se reconhece a necessidade de se tomar uma decisão, a de desenvolvimento, quando é feito um diagnóstico e são processadas as opções de ação e suas consequências e, por fim, a fase de seleção, onde se determina qual ação deve ser empregada. Priscila acredita que esse modelo é indicado quando são criadas novas respostas a situações não esperadas. Nesse momento, a organização se prepara para contornar crises ou aproveitar oportunidades que se apresentam pelas mudanças do mercado ou do sistema em que se inserem. “As decisões são tomadas em uma série de interações e tentativas, pois nem todo o conhecimento encontra-se disponível”, explica Priscila.
Já no modelo político, as relações políticas são consideradas determinantes para a tomada de decisão, levando em conta os graus diferentes de influência dos atores envolvidos no processo. As decisões são tomadas nesse caso, dependendo do poder de barganha dos envolvidos, sendo uma escolha menos racional e mais política. Priscila comenta que nessas situações existem objetivos conflitantes, e quem tem mais força e influência acaba decidindo. Segundo ela, esse tipo de processo decisório pode ser mais comumente observado em empresas familiares e em organizações políticas. “Em relação ao processo político, é preciso sempre lembrar que informação é poder! Assim, argumentação baseada em informação e conhecimento é sempre uma forma de aumentar nossa influência e, portanto, nosso poder político”, ressalta Priscila.
A diretora de alianças estratégicas comenta ainda que para o processo decisório no modelo racional, é fundamental a disponibilidade de fatos e dados. É importante conhecer os resultados já alcançados para, vis-a-vis os cenários propostos e metas desejadas, avaliar qual caminho deve ser seguido. É importante entender quais são as lacunas de desempenho para poder avaliar qual será o esforço necessário para atingir as metas desejadas.
O software Gestão Estratégica da Stratec disponibiliza para os usuários e gestores, as metas, indicadores, a avaliação de resultados e planos de ação, suportando os modelos de decisão organizacional. “Principalmente dentro do modelo racional de tomada de decisão, os planos de ação servem como ‘procedimentos’ que irão orientar, ao longo da execução da estratégia, como a organização deve atuar”, afirma Priscila.
Além disso, na ocorrência de mudanças no ambiente externo, que levem à necessidade de revisão do curso das ações, decisões por tentativas podem ser, novamente, suportadas por análises de fenômeno, geradas a partir de dados já capturados e monitorados através do software. Sendo assim, novos planos de ação podem ser elaborados, tendo seus resultados novamente acompanhados através do sistema.
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