É frequente vermos as empresas fracassando na execução da estratégia. Segundo estudo realizado pelo Project Management Institute (PMI) em parceria com a unidade de inteligência da revista The Economist, em 2013, 587 executivos globais seniores foram entrevistados e desses, 88% disseram que é importante entregar resultados baseados no plano estratégico. No entanto, os mesmos executivos reconheceram que nos três anos anteriores à pesquisa, 44% dos planos estratégicos delineados por eles não foram bem-sucedidos. Porque isso acontece? Veja algumas razões ao longo desse artigo!
O que você vai encontrar neste blog:
ToggleProcessos de gestão fragmentados
As organizações bem sucedidas na execução da estratégia tem como prática comum o alinhamento de seus processos de gestão. De nada adianta manter os processos fragmentados em suas áreas sem o comprometimento geral. Frequentemente, vemos que as estratégias globais não são comunicadas pela direção corporativa para o restante da empresa e, portanto, as unidades não compreendem como trabalhar juntas para alcançar integração e sinergia. Além disso, sem comunicação, as áreas criam suas estratégias individuais que não são necessariamente congruentes entre si.
Para garantir a unidade da gestão estratégica, é importante criar um Escritório de Gestão Estratégica, que tem como função levar a empresa a alcançar seu objetivo principal. Você já percebeu que quase toda empresa tem um departamento de finanças, marketing, recursos humanos, tecnologia da informação, etc. mas, pouquíssimas possuem uma área para gerir a estratégia? Ainda que todos os colaboradores e gerentes de linha sejam responsáveis por executar o planejamento, é preciso ter uma orientação central, coordenando todos os movimentos.
Uso equivocado do BSC
Muitas empresas veem o Balanced Scorecard como um projeto a ser conduzido por um time multifuncional e, no final da criação de indicadores de desempenho, o líder do projeto se torna o “guardião dos indicadores”, com se fosse o Vice-presidente do Balanced Scorecard na empresa. Ele passa a monitorar os indicadores, gerar relatórios e serve como consultor de BSC na organização. E para a maioria das empresas, o projeto de BSC termina nesse ponto, não passa disso. Cria-se um novo sistema de monitoramento, mas não existe a iniciativa para mudar os processos, implementar melhorias. Dessa maneira, não se utiliza todo o potencial de melhoria contínua do BSC.
A diferença das empresas bem sucedidas é que elas se preocupam em modificar os processos chave de gestão com o objetivo de executar de fato a estratégia.
Segundo os executivos ouvidos na pesquisa do PMI, a principal barreira para a implementação das estratégias é a falta de habilidades para gerenciamento de mudanças (45%).
A desorganização das informações
Quando a empresa possui muitos indicadores de desempenho para gerenciar e diversas unidades de negócio, acaba tendo dificuldades de monitorar a execução das metas e projetos devido a burocratização e a falta de confiabilidade dos dados. São muitas fontes de informação para serem processadas em diversas planilhas que acabam dificultando o processo. Assim sendo, investir em um software para sistematizar a alimentação dos dados e automatizar a geração de relatórios, permite que a equipe do Escritório de Estratégia possa focar seus esforços em melhorias contínuas, identificação de desvios, proposição de inovações e ajustes no planejamento para orientar a empresa rumo ao sucesso.
Veja também “5 motivos para evitar o uso de planilhas na gestão”
Texto inspirado no Working Paper: KAPLAN, Robert S e NORTON, David P. “Creating the Office of Strategy Management”. HAVARD BUSINESS SCHOOL. Abril 2015 Disponível em: http://www.hbs.edu/faculty/Publication%20Files/05-071.pdf