Já tem algum tempo que publicamos aqui no blog sobre quais os fatores que motivam os millennials. Essa é uma pauta extremamente relevante para quem se preocupa em garantir uma equipe diversa para a sua empresa, e nesta publicação estava elencado um fator muito importante: “Dê voz para a geração Millennials”. Uma das questões mais importantes para os millennials, e com toda razão, é a preocupação com uma relação igualitária entre homem e mulher no mercado de trabalho.
Ainda que se trate de uma questão atual, a pauta já é uma luta há muitos anos. O que não faz grande sentido, dado que as mulheres sempre foram a base de qualquer economia.
As mulheres em posição de poder ainda causam estranheza em algumas pessoas até os dias atuais, levando a redução de seu papel a questões sexualizadas ou apontando as suas falhas com desproporção aos seus acertos.
Basta lembrar de uma série de filmes, que retratam a rainha egípcia Cleópatra como a sedutora amante de Júlio César e Marco Antônio. Porém, o que pouca gente sabe é que ela conhecia profundamente poesia grega, matemática, filosofia, sabia falar nove línguas e não se deixava intimidar pelos homens poderosos que a rodeavam.
Quando vemos a mulher no mercado de trabalho, muitas vezes a sua imagem é atrelada a aspectos da sua vida pessoal. Isso é algo que dificilmente ocorre com os homens, sem contar na gigantesca disparidade de salários.
Segundo análise da Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero) realizado em 2020, do Fórum Econômico Mundial, o Brasil figura a 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes. Sendo que o ranking conta com a presença de 153 países.
Ou seja, atualmente figuramos entre os principais países do mundo onde a diferença salarial entre homens e mulheres é extremamente marcante, com base em conceitos machistas e sexistas que perpetuam tal cultura.
O que você vai encontrar neste blog:
ToggleGarantias para a mulher no mercado de trabalho com a Consolidação das Leis Trabalhistas
Em 1943, o então presidente Getúlio Vargas promoveu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) no Brasil. Essa foi uma conquista das mais importantes para todos os trabalhadores da nação, com direitos que perduram até os dias atuais, mesmo com diversas mudanças ao longo dos anos.
A CLT foi o instrumento institucional responsável por introduzir normas específicas de proteção para a mulher no mercado de trabalho. Como a sua garantia ao livre acesso ao mercado de trabalho, a sua proteção jurídica, a proibição do empregador considerar sexo, idade, cor e raça para fins de remuneração, entre outras questões.
Ainda assim, apenas em 1988, por meio da promulgação da Constituição Federal, foi estabelecido o princípio da isonomia. Então, as mulheres tiveram os seus direitos trabalhistas firmados, com a instituição da igualdade de gênero e da não-discriminação.
Recentemente, em 2017, o governo de Michel Temer aprovou a Reforma Trabalhista, sob a Lei nº 13.467, modificando a CLT e alterando algumas proteções em relação à mulher no mercado de trabalho.
Dentre essas alterações se destaca a regra direcionada às gestantes e lactantes, que passaram a ser autorizadas a trabalhar em locais insalubres considerados de grau mínimo e médio mediante apresentação de atestado médico validando as suas condições.
Felizmente, em 2019, o Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão da regra por meio de uma liminar (decisão judicial provisória).
A realidade da mulher no mercado de trabalho
Atualmente, no Brasil, o número de mulheres no mercado de trabalho é crescente. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a presença feminina com mulheres de 17 a 70 anos empregadas corresponde a 61,6% em 2015, com uma projeção para atingir a marca de 64,3% no ano de 2030.
Ainda assim, é preocupante a presença de ações machistas e até mesmo criminosas contra a mulher no mercado de trabalho.
Segundo a Agência Patrícia Galvão, um levantamento realizado em 2020, apontou que cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens, uma disparidade que simplesmente demonstra a perpetuação de uma cultura machista e sexista.
Para frear tal perpetuação, muitas empresas passaram a investir em palestras, dinâmicas, ações de conscientização e políticas internas de incentivo a diversidade e inclusão.
A ideia é trazer para seus colaboradores a importância de uma relação igualitária no ambiente de trabalho em uma série de questões. Fazendo com isso, que muitos pensamentos sejam alterados e que as mulheres se sintam representadas, protegidas, ouvidas e inseridas no mercado de trabalho.
É de extrema importância a participação da mulher no mercado de trabalho, isso traz crescimento, eficiência e diversidade para sua empresa, e nós da Actio podemos apoiar neste desafio com nossas soluções.
A Actio Software está há mais de 15 anos no mercado, presente em 7 países, atendendo a mais de 100 mil usuários e mais de 200 empresas. Aqui, você encontra recursos e soluções nos setores de gestão estratégica, gestão de riscos, remuneração variável e gestão de desempenho.